Projeto Mãos no Tambor promove Workshop gratuito de Cânticos e Toques no Terreiro Casa Branca
- projetookandudu
- 9 de jun.
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Atualizado: 10 de jul.
A aula será realizada dia 19 de julho, a inscrição é on-line, via formulário

Resgatar memórias e manter vivas as tradições através da prática. Este é o objetivo do “Mãos no Tambor”, que promove um Workshop gratuito de Cânticos e Toques, no dia 19 de julho, às 10h30, no Terreiro Casa Branca (Engenho Velho da Federação). Idealizado pelos ogans Jean Chagas e Irlan Cruz (Nego Kiri), a ação quer aproximar e incentivar os jovens pertencentes às comunidades de terreiro. A inscrição é on-line e as vagas são limitadas.
O Mãos no Tambor surgiu em março de 2025, como um movimento nas redes sociais, a partir da publicação de vídeos com cânticos e toques dos Orixás, que já somam mais de 800 mil visualizações. O engajamento e o interesse do público, mostraram a necessidade de ampliar a iniciativa em um projeto mais estruturado. A partir daí, os ogans transformaram o conteúdo digital em uma vivência prática.
“Uma das prioridades do projeto, é mostrar que os jovens de terreiro estão assumindo responsabilidades e mantendo a tradição. Tudo começou com uma caixinha de perguntas que Nego Kiri colocou no Instagram. Como nas nossas tradições, não é comum filmar as obrigações, propus que gravássemos alguns vídeos e decidimos abrir este espaço de troca, afinal, conhecimento foi feito para ser compartilhado.”, explica Jean Chagas, ogan do Terreiro Casa Branca.
Nesta primeira edição, o foco principal são os toques dos Orixás. Será explicado, de forma detalhada, a utilidade de cada um, em quais momentos e como devem ser executados, além de falar sobre a funcionalidade de cada atabaque. Mais do que transmitir conhecimentos técnicos, o Workshop cria um espaço de troca, onde a oralidade, o ritmo e a escuta são ferramentas de fortalecimento. Ao reunir jovens de diferentes comunidades, estimula o senso de pertencimento e promove a conexão, reforçando as redes de apoio já existentes entre os terreiros.
Para Kiri, que é ogan do Terreiro do Cobre, a iniciativa é importante porque o projeto atua na preservação e no resgate de práticas que fazem parte da estrutura das casas de axé. “Hoje em dia, há um olhar muito crítico sobre os jovens de axé, então, queremos mostrar que somos comprometidos com a religião e, por isso, a decisão de passar adiante um pouco do que a gente sabe, para preservar os nossos saberes ancestrais e mostrar que ainda existem jovens responsáveis e tradicionais, sim.”.
O objetivo dos idealizadores, é seguir com o projeto de forma que inspire iniciativas semelhantes e que os jovens formados por essa vivência, possam se tornar multiplicadores, garantindo a continuidade do que aprenderam. “Com certeza, este projeto vai acontecer até quando os Orixás permitirem, e em constante evolução, cada dia com mais ideias e responsabilidades.”, finaliza Jean.



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