Projeto Ọkàn Dúdú promove debates no Ilê Axé Omin Ifan sobre a população LGBTQIAPN+ e Legado Ancestral

O terreiro está localizado no Quilombo Alto do Tororó, em São Tomé de Paripe, foi fundado pela Iyalorixá Maria Luiza Santos Cerqueira, em 1983 e tem como Orixá regente Logun Edé.

Fotos: Maiana Oliveira

O Ilê Axé Omin Ifan, Comunidade de Terreiro localizada no Quilombo Alto do Tororó, em São Tomé de Paripe, tem como Orixá regente Logun Edé. Fundado pela Iyalorixá Maria Luiza Santos Cerqueira em 1983, o terreiro ocupa uma função social de muita importância para a comunidade. É uma casa de tradição Ketu-Nagô, que traz, também, em sua herança ancestral, os atravessamentos dos Caboclos e seus entrelaçamentos afro-indígenas.

No último sábado (22), o Terreiro recebeu Ọkàn Dúdú para falamos sobre identidade de gênero e como a comunidade LGBTQIAPN+ é acolhida nas casas de Candomblé, e o que líderes religiosos e praticantes podem e devem fazer para promover um ambiente de acolhimento, segurança e respeito, diante das barreiras enfrentadas pela comunidade, dentro e fora do contexto religioso.

Convidamos o Ogã de Xangô, João Hugo, homem trans, negro, candomblecista e ativista trans, Lely de Oxum, mulher preta e lésbica, Ìyáloriṣá a frente da Comunidade da Compreensão e Restauração Ile Ase Osun Omi Ire e Evelyn Kely, redatora, gestora de projetos, mãe atípica, mulher bissexual e vondunsì de Gbessèn. Almerson Passos, Baba Egbè do Ilê Axé Omin Ifan, também participou.

Já no segundo momento da roda de conversa, foram discutidas quais as estratégias para honrar e manter viva as heranças, práticas e vivências trazidas pelos nossos antepassados, por nossos mais velhos (agbas). Para dialogar sobre legado ancestral, convidamos Iyá Luiza de Logun Edé, figura central do Quilombo Alto do Tororó e sacerdotiza do Terreiro Ilê Axé Omin Ifan, com vasta experiência religiosa e 76 anos de iniciada. Janaína Barbosa, empreendedora, mãe solo de duas crianças, Egbòn de Xangô e Kassandra Brandão, Yamoro do Ilê Axé Ogum Wari, com participação de Almerson Passos e Arnaldo Santana, Babá Kekerè do Ilê Axé Omin Ifan.

Assista o resumo:

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.